Olha que bacana. Esta história acredito que todos já sabem, e também como foi
sua evolução, portanto, vamos relembrar alguns pontos.
O que era a "QUALIDADE" alguns tempos atrás? De fato era algo muito bacana,
pois, o povo definia qualidade como uma peça que durava anos e anos, mais
atrás ainda podemos dizer que o Homem saia para caçar e escolhia sua comida
muitas das vezes aquele animal mais vistoso (gordinho), etc. Por muitos anos,
“Qualidade” foi algo parecido com o que foi descrito anteriormente.
Com a Revolução Industrial, introduziu-se a produção em massa de bens de consumo,
a mecanização cada vez maior na produção, a introdução das linhas de montagem
e a padronização de medidas foram frutos dessas preocupações. “ERA da produção em
Massa”. A qualidade era avaliada pelo "Inspetor de Qualidade" que nada mais era
um “descobridor de defeitos”.
Após a Segunda Guerra Mundial que afetou os fatores econômicos, o mercado começou
a absorver tudo o que era produzido sem maiores exigências. Surgia então a
“ERA da PRODUTIVIDADE”. Até meados da década de 60 – surgiram os métodos de
análise e engenharia voltados para a criação e otimização de novas técnicas de
gerenciamento, como os “Círculos de Controle de Qualidade e a Filosofia do zero
defeito”. A Garantia de Qualidade era dada pelo o Controle de Qualidade, ou seja,
“O Foco da QUALIDADE era o PRODUTO”, neste caso, ocorrendo muitas perdas nesta
fase/época.
Influência Japonesa: O Japão que tinha a fama de produzir apenas imitações e de
má qualidade, literalmente virou a mesa. O que o Japão Fez? – Usou as mesmas
técnicas e ferramentas gerenciais utilizadas pelos Estados Unidos, só que com
uma diferença, mudou os critérios de QUALIDADE: saindo de “DEFENSÍVOS” para
controles “DINÂMICOS”, ou seja, o que deve ser controlado não é a QUALIDADE
do Produto, mas SIM a Qualidade do “PROCESSO”. Um processo controlado diminui os
riscos de produtos Não Conformes.
Até nos anos 80 com a consequência do aprendizado e melhorias de cada ramo e
atividades, os processos e instalações eram cada vez mais sofisticados. Os
produtos eram lançados com velocidades cada vez maiores para vencer a competição
do mercado, iniciando a ERA do TQC (Total Quality Control – Controle Total de
Qualidade), o foco era o MERCADO, “Descobrir o que o cliente desejava para
deixá-lo satisfeito”.
Os anos 90 – foi marcado pela época da competitividade, e trazem a “Gestão da
Qualidade Total” (TQM – Total Quality Management). As empresas devem manter
sua capacidade de produzir em massa, a baixo custo, com preços competitivos para
manter a satisfação de seus clientes. As empresas devem manter seu padrão de
QUALIDADE do Produto através de seus PROCESSOS, mas com preços baixos. Podemos
afirmar que, A QUALIDADE deve ser construída com a responsabilidade de todos NÓS.
A QUALIDADE NO SÉCULO XXI - Os avanços da Qualidade até chegar no Século XXI.
A preocupação com a qualidade nasceu no início deste século, quando os
inspetores surgiram nas empresas. Mas o serviço realizado não era muito bom, e os
problemas acabavam aparecendo no mercado, exigindo do cliente a solução. Prova
disto, que os primeiros automóveis vinham com caixas de ferramentas. De lá para
cá, a QUALIDADE deu grandes saltos, tendo como marcos o sistema Taylorista e a
Revolução Japonesa.
A partir dos anos 2000, um fato cada vez mais evidente, é que a maioria dos
líderes empresariais que participaram do movimento mundial pela Qualidade no
século XX, já se aposentaram. A nova geração que assumiu seus lugares não sabem
o que é Qualidade com Q maiúsculo.
Alguns vêem a Qualidade como: Uma remota matéria aprendida na universidade,
outros a associam a uma incômoda auditoria mensal/semestral necessária para
manter vigente alguma certificação normativa. Já outros, têm uma visão mais
abrangente, mas apenas no nível das políticas e práticas da empresa
(o “know-how” da Qualidade). Mas o fato é que, a Qualidade continua sendo
uma estratégia competitiva vital, talvez hoje mais do que nunca.
As empresas mais competitivas, são aquelas que não apenas reconhecem este fato
tão óbvio, mas também enfrentam o trabalho duro de torná-lo uma realidade
consistente. Este fato é baseado em dados estatísticos, originado na General
Electric e posteriormente mantido pela Harvard Business School, é com certeza
o mais extenso estudo feito a partir de uma base de mais de 3.000 unidades de
negócio, dos mais variados segmentos, desde os anos 60 até os dias de hoje.
Século XXI – Anos 2000 – Mundo mais globalizado, velocidade nas informações e
nas tomadas de decisão. Foi constatado que as líderes de mercado são as que
buscaram a inovação observando 3 grandes aspectos: liderança em custo,
diferenciação e o foco.
A sobrevivência das empresas depende de seu posicionamento, das estratégias
competitivas, da agilidade de decisões e da efetividade operacional.
Um grande abraço aos leitores.
Profissional da área de Gestão da Qualidade, Segurança de Alimentos e Processos Industriais (Lean e Seis Sigma).
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